quinta-feira, 11 de novembro de 2010


Extremos
:: Saul Brandalise Jr. ::

Não nos damos conta, mas somos vítimas de nossos extremos… Quais? A Raiva e a Paixão, por exemplo.
Quando nós estamos com muita raiva, cometemos algumas falhas de personalidade que nos trazem amargas recordações e péssimas consequências futuras.
Neste estágio, alteramos a voz. Não nos damos conta de que estamos tentando, de forma inconsciente, gritar, até com nosso interior, pedindo calma. Quando levantamos a voz, estamos gerando um alerta para nós mesmos… que parece dizer: Ei, cara, calma…
Neste estágio, enfarruscamos a testa e literalmente "fechamos" o sexto chakra, nosso terceiro olho. Sem ele a ausência de conteúdo cresce. Quanto mais tranqüilos estamos, mais aberto está o nosso olho de visão futura. É com ele que nossa "intuição vê".
Neste estágio, atraímos estranhas forças negativas que só potencializam nossos dissabores. Ninguém que esteja tranqüilo será vítima de energias que aprofundam o descontrole.

Neste momento nos tornamos reféns de posturas que criam exclusivamente atitudes com as quais nos arrependeremos depois.

Enfim, o extremo "raiva" é uma postura que precisamos vigiar, policiar para que ela jamais seja nossa companheira. É óbvio que não se trata de uma missão fácil.
Por outro lado, a paixão também tem o seu lado negativo.
Neste estágio, esquecemos que o "brilho" do momento é efêmero e que a realidade é bem diferente daquilo que nosso sentimento está analisando, pontualmente, nesta situação.

Neste estágio, o "perfume de vida sentido" é fruto exclusivo de nosso olfato alterado pelos sinos da paixão. Neste estágio, o arrebatamento é absolutamente ridículo para quem está em estado de equilíbrio, olhando a cena e o nosso comportamento pelo lado de fora.
Neste estágio, nossas decisões são absolutamente comprometidas pela fantasia que a energia cria e nunca pela percepção da realidade que o equilíbrio traz.

Portanto, não importa se para mais ou para menos, sempre que convivemos com os extremos cometemos erros em nossas decisões impensadas e impulsivas. As piores que tomei em minha vida sempre tiveram estes dois coadjuvantes como parceiros. Tanto o estar apaixonado, como a raiva, mostram ausência de autocontrole e, portanto, nunca deveríamos tomar qualquer tipo de posicionamento. Nada é mais prejudicial do que decidir sem equilíbrio. O sistema nervoso não pode ser nosso companheiro quando estamos decidindo o nosso futuro.

Existe uma frase que precisa ser muito bem entendida e estudada:
NÃO HÁ BEM QUE SEMPRE DURE E NÃO HÁ MAL QUE NUNCA ACABE…
Muitas pessoas usam-na para justificar o fim de uma etapa, de um ciclo e com ela assinam o final, como se vítimas fossem. Não é verdade. O Mal que acabou é porque aprendemos com ele. O Bem que não durou é porque ele não tinha conteúdo suficiente para se tornar eterno.
Faltou efetivamente equilíbrio em nossos pensamentos e nas conseqüentes decisões. O mal acabou porque aprendemos a lição. O "bem" acabou porque ele era somente paixão.
Todo ser humano é vitima de seus descontroles. Quanto melhor ele vive, mais evita conviver com seus extremos. A isso se dá o nome de equilíbrio.
Jamais, contudo, poderemos nos esquecer que somos os únicos que damos vida, conteúdo e realização aos nossos sonhos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010


ESPIRITISMO E CIÊNCIA

E assim, Deus deu-nos a oportunidade de trabalharmos em favor da cura, da explicação dos vários fenômenos que ocorrem durante a cura e, até mesmo, de aprendermos a nos comportar perante o fenômeno da cura. E, realmente, qual vem a ser o objetivo disso, para o homem na Terra?

Quando a Ciência avança, na direção da conquista das células, quando já caminha em direção ao combate às formas infecciosas e a todos os outros males; quando o homem aprende ou está aprendendo como agir e se comportar para evitar as doenças; por que, então, deveriam os espíritas se preocupar em analisar essas mesmas doenças?.

Ora, porque só o espírita é capaz de entender que a doença não é apenas o resultado de um problema orgânico, mas, principalmente, o resultado dos pensamentos, dos atos, dos sentimentos do espírito encarnado.

Se é bem verdade que a maior parte das doenças resultam da incompetência do homem em pensar no bem, também o é que nem sempre ele as traz consigo de outras vidas: existem aquelas que são adquiridas no decorrer de sua existência presente. Ainda aí, a Doutrina Espírita esclarece, mostrando que a realidade do espírito é a da permanente transformação.

Há pessoas que adoecem sem que a doença estivesse prevista na sua programação de vida. Isso se dá por um processo desarmônico qualquer, que pode ser provocado pelo ciúme doentio; pela raiva incontrolada; pelo pensamento de tristeza excessiva; pela mágoa que não termina; pelo orgulho. Basta que se dê vazão a essas forças, e eis que as doenças chegam, rapidamente, atingindo-nos o corpo físico e espiritual.

Apesar da Ciência cada vez mais invadir com seus conhecimentos o corpo humano, é a Doutrina Espírita que vem nos mostrar que, em muitos casos, somos os únicos culpados da doença que carregamos, e nos alerta para a necessidade de termos o pensamento equilibrado, evitando, assim, que doenças sejam acrescidas ao nosso organismo, por força de nossos desequilíbrios.

É por tudo isso que o Espiritismo tem a ver, sim, com a Medicina, não só ensinando o domínio dos fluidos, a lei de causa e efeito, mas também mostrando que o homem é o senhor do seu organismo.

Assim pensando, orientamos os irmãos para que cultivem o hábito de estudar, de aprender sempre, para que se conquistem os valores imortais imperecíveis que garantirão a saúde permanente do corpo.

A todos Deus ajude e abençoe! A nós, também, nos conduza sempre pelos caminhos retos da justiça e do amor ao próximo.

Vosso irmão,

Ignácio Bittencourt


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Repressão ::



Tudo aquilo que tentamos reprimir em nós, torna-se mais forte. Esta é uma das leis básicas da existência, a de que a repressão gera uma força antagônica ainda maior. E a prova disso é que quanto mais reprimimos nossos reais sentimentos e desejos, mais intensamente eles tentarão se manifestar, seja através de estresse emocional ou, num estágio mais avançado, de uma doença criada no corpo físico. Mas, dirão alguns, nem sempre a vida nos permitirá manifestar todos os nossos sentimentos, então, como fazer? Não reprimir significa reconhecer. Ainda que a expressão seja impossível, o importante é que tenhamos a consciência do processo, pois só assim, reconhecendo-o, teremos o poder de decidir como lidar com aquela situação. Mesmo que não possamos dar vazão ou exteriorizar plenamente nossos sentimentos, precisamos deixar que eles se tornem conhecidos por nós. Muitos seres humanos passam a vida tentando negar o que sentem, até mesmo para si próprios. Racionalizam as emoções, tentando ignorá-las, pois olhar para elas muitas vezes requer coragem. O importante é ter sempre em mente que podemos ser estranhos para o restante do mundo, mas nunca para nós mesmos. Somente aquele que se conhece em profundidade e tem a coragem de admitir, reconhecer e aceitar todos os seus sentimentos e emoções, mesmo aqueles não tão bonitos, que seria preferível ignorar, pode experimentar a totalidade de seu ser. Este é um preço que sempre valerá a pena pagar, ainda que momentos dolorosos possam fazer parte do caminho.

Elisabeth Cavalcante ::

quinta-feira, 25 de março de 2010


Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela.. que estreita é a porta, e que apertado o caminho que leva para a vida, e poucos são os que acertam com ela. (Mateus 7,13 e 14)
No caminho da evolução alguns seguem com tranquilidade e equilíbrio, paz e felicidade, o mesmo não acontece com outros, não porque são desprezados por Deus, mas porque é herdeiro de si mesmo e recebe as reações de suas ações do passado.
Ninguém sofre injustamente, são os atos cruéis e levianos que praticamos, que atraem as dores e sofrimentos. Ninguém escapa à lei de causa e efeito.
Quando se brinca com a vida, vivendo na ilusão dos vícios (álcool, fumo, jogos, drogas), nas paixões efêmeras (sexo pelo sexo sem amor, apego exagerado às coisas materiais), não percebem mas estão preparando o próprio sofrimento futuro.
A grande maioria leva a vida no divertimento constante dos sentidos carnais, na ilusão que isso traz a alegria e felicidade, e se esquecem que a verdadeira alegria e felicidade só e possível através da reforma intima, que se consegue com a pratica dos ensinamentos contido no Evangelho de Jesus, que é o único caminho que leva à verdadeira felicidade e livra de sofrimentos futuros.
A humanidade permanece cega para as coisas que realmente tem valor, surda para as palavras de esperança e de fé que Jesus nos deixou. Só pensa em querer o que lhe destaca e dá posição no mundo material e é ai que os homens se enganam! Quando chega a dor, colocam-se como vitimas do destino cruel, mas não entendem que este destino é apenas a colheita do que semeou ontem.
JOSÉ BRAZ BRAGA